terça-feira, 17 de janeiro de 2012

AS DOMÉSTICAS (em férias) é a atração no Teatro das Bacabeiras 20/21 e 22 de janeiro

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Depois da excelente receptividade do público no ano de 2011, onde grupo e elenco conseguiram emplacar no cenário teatral no estado do Amapá, a Cia Teatro do Riso, inicia o ano com sua nova temporada no Teatro das Bacabeiras, AS DOMÉSTICAS (EM FÉRIAS). O espetáculo vem chegando com novas performances, novos quadros e novas piadas. O espetáculo criou uma empatia direta com os atores, personagens e plateia. O reflexo disso foi o retorno dos emals, bate-papos e mensagens do publico no geral, solicitando a volta do espetáculo. Trata-se de uma comedia aberta, onde atores, apropriando-se de seus talentos e criatividades se despojam provocando uma relação frontal com o publico que embarca imediatamente. Fruto do trabalho executado em todo ano passado, os atores envolvidos no processo, foram convidados para abrir vários eventos em Macapá. Um ano produtivo que reforçou a responsabilidade de prosseguir com o processo.

DO ESPETÁCULO
Inspirada no universo das empregadas domesticas, a comédia AS DOMÉSTICAS, revelam os bastidores do cotidiano de quatro mulheres, ligadas ao trabalho e a suas patroas: Dalvinha, a mais jovem, apresenta-se como a dondoca, a mais rebelde das empregadas e seguidora das novas tendências do mundo contemporâneo. A sua principal reclamação contra a sua patroa, a Dona Cristofálica, está na sua remuneração. Sua patroa lhe paga dobrado, ou seja, de dois em dois meses; A Fatinha, tem um espírito de liderança. Está sempre aprontando para cima das amigas. É metida a intelectual, mas vive decorando tudo errado. Com um português mal conjugado na ponta da língua, ela, vive assassinando as concordâncias e parafraseando citações populares completamente às avessas; A Maguinha, é a metida a socialista do grupo. Decorou todas as citações do Karl Marx, por compartilhar diariamente com sua patroa, Sonia Gafrom, socióloga e admiradora do Marx. Em função disso, a Maguinha, incorporou em seu discurso, de qualquer conteúdo, as citações do Marx. Vive cuidando dos três filhos da patroa. Por fim a Doidinha, a mais deslocada do mundo real, é a atração das amigas, Vive de longas aventuras, sendo mais desbocada, avessa a qualquer tipo de opressão, mas é completamente despolitizada. Também vive em pé de guerra com sua patroa, a japonesa radicada no Brasil, dona KarahDKur Tunashi que nutre uma vaidade excessiva por tratamentos de beleza, bem como cirurgias plásticas.

As Domésticas, além dos conflitos que a cercam, como reivindicações salariais, conflitos entre namorados e familiares, tentam, ao longo da trama, revelar os bastidores das patroas, denunciando-as através de suas atitudes, mas ao mesmo tempo revelando suas virtudes. Na cena final do espetáculo, as patroas invadem o palco, para dar seus recados, onde reforçam a importância de suas empregadas em suas vidas e no cotidiano.
DO ELENCO/DIRETOR
O grande encontro se deu no espetáculo As domésticas através do seu elenco composto por cinco atores com excelentes bagagem de teatro: Rafael Nunes, Francisco Ribeiro, Tom Rodrigues, Junior Storck e Paulo Alfaia. São atores compromissados com a cena teatral do estado e militantes ligados a politica cultural, a exemplo do Tom Rodrigues que participou em 2011 do projeto SESC AMAZÔNIA DAS ARTES, maior projeto de circulação de espetáculos nas artes cênicas, que difundiu o teatro amapaense em 10 estados da Amazônia Legal como diretor do espetáculo Cordel do Amor Sem Fim, pelo Grupo Cores na Rotunda. Assim como Paulo Alfaia a frente do Grupo Desclassificáveis que através do espetáculo DESCLASSIFICÁVEIS, veiculou por vários festivais nacionais, trazendo inclusive várias menções honrosas pelo trabalho de pesquisa na área teatral. Por fim As Domésticas traz em sua pesquisa de texto e direção Genário Dunas, que acumula mais de vinte anos de caminhada em prol do teatro, perpassando por várias experiências em grandes festivais como São Jose do Rio Preto-SP, Blumenau-SC, Guaramiranga-CE, Salvador-BA, Brasilia-DF entre outros. No Amapá, dirigiu os espetáculos: Retratos de uma atriz, Damas de Paus, Jogo da Máscara, As encalhadas e recentemente A solteirona, que estreou em dezembro do ano passado.
FICHA TÉCNICA
ELENCO
Junior Storck – Dalvinha
Rafael Nunes – Maguinha
Francisco Ribeiro - Fatinha
Tom Rodrigues – Doidinha
Ator Convidado – Paulo alfaia como KarahDKur
Texto e Concepção de Luz – Genário Dunas
Figurinos e Maguiagem – Cia. Teatro do Riso
Execução de luz – Antonio Carlos
Sonoplastia – Abraão Barros
Fotografias: Andre Fernandes
Produção: Santos Publicidade
Direção Geral – Genário Dunas
Serviço:
Espetáculo: As Domésticas (em férias)
Grupo: Cia. Teatro do Riso
Dias: 20/21/22 de janeiro (sex/sab/dom.)
Local: Teatro das Bacabeiras
Hora: 21 h
Ingresso: R$ 20,00 inteira e R$ 10,00 estudante
Contatos:
Genário Dunas
9173-4093 - 8127-4065

Lenda das Amazonas

Historiadores afirmam que o navegador Orelhana, cuja aventura vimos antes, não combateu com mulheres. Na verdade, teria se defrontado com uma tribo de índios encabelados, os quais, na guerra, eram auxiliados pelas mulheres, daí Orelhana ter se confundido. Mas outro inclusive frei Gaspar de Carvajal, que participou da expedição, dão o testemunho da existência das mulheres guerreiras, no que são acompanhados por descrições de diversos índios... Mas estes não falavam em amazonas, até porque não sabiam o que significava. Os índios falavam em Icamiabas, que significa "mulheres sem maridos". As Icamiabas viviam no interior da região do Rio Nhamundá, sozinhas. Ali, eram regidas por suas próprias leis. A região era denominada por estes aventureiros de País das Pedras Verdes e era guardada por diversas tribos de índios, das quais a mais próxima das Icamiabas era a dos Guacaris. E por que a denominação de País das Pedras Verdes? Porque era justamente daí que se originavam os muiraquitãs, as famosas pedras verdes... Dizia-se que as Icamiabas realizavam uma festa anual dedicada à lua e durante a qual recebiam os índios Guacaris, com os quais se acasalavam. Depois do acasalamento, mergulhavam em um lago chamado Iaci-uaruá (Espelho da Lua) e iam buscar, no fundo, a matéria-prima com que moldavam os muiraquitãs, os quais, ao saírem da água, endureciam. Então presenteavam os companheiros com os quais tinham feito amor... Os que recebiam, usavam orgulhosamente pendurados ao pescoço. No ano seguinte, na realização da festa, as mulheres que tinham parido ficavam com as filhas e entregavam os filhos para os Guacaris... De qualquer forma, quando se pronuncia Amazônia, não se pode deixar de pensar em muiraquitãs e em mulheres guerreiras, mas também amorosas, como, aliás, são as mulheres da Região Amazônica...

Era no Lago Verde que as Amazonas faziam seus muiraquitãs
Motivos semelhantes levam esse grande contingente populacional a se deslocar para Alter-do-Chão, uma vila turística localizada na margem direita do rio Tapajós e ligada por via rodoviária à cidade de Santarém. O rio Tapajó possui característica única entre os afluentes do Amazonas ? suas águas são cristalinas ? e, em frente à vila, com a descida das suas águas durante o verão, surge uma lagoa cor de esmeralda cercada por bancos de areia branca apropriadamente denominada de ?Lago Verde?. O Lago Verde, também chamado de Lago dos Muiraquitãs, era ponto de passagem obrigatório das índias Amazonas.

Amazonas foi o nome dado às mulheres guerreiras da Antiguidade que habitavam a Ásia Menor e cuja existência alguns historiadores consideravam um mito. Segundo a lenda, elas removiam um dos seios para melhor envergar o arco, deixando o outro para amamentar seus rebentos, que, se nascessem do sexo masculino, eram impiedosamente sacrificados. Amazonas, aliás, quer dizer sem seios (?mazos?) em grego. No século XVI, essa designação foi dada a mulheres com as mesmas características, cuja existência histórica é discutida e que combaterem os conquistadores espanhóis no baixo-Amazonas.

Era no Lago Verde, considerado sagrado pelos indígenas, que as Amazonas recolhia a nefrite (um mineral esverdeado), para produzir seu muiraquitãs, pequenos artefatos talhados na referida pedra em forma de sapos, tartarugas e serpentes, e ao qual se atribuem virtudes de amuleto. Os muiraquitãs eram oferecidos à mãe lua, em troca de favores. Diz à lenda que no fundo do lago há uma pedra mágica escondida. É essa pedra que dá ao lago a sua cor azul nas primeiras horas da manhã, mas que se transforma num verde intenso, durante o dia. Na realidade, isso pode ser o efeito do sol penetrando as águas transparentes e iluminando o fundo do lago, rico em nefrita.

O ProUni já tem meio milhão de inscritos para disputar 195 mil bolsas de estudos

 O estado com maior número de inscrições até o momento é São Paulo, com 220.696 candidatos
Até o meio-dia de ontem (16), o Programa Universidade para Todos (ProUni) recebeu inscrições de 553 mil candidatos interessados em uma das 195 mil bolsas de estudo disponíveis para o primeiro semestre deste ano. Os interessados podem se inscrever até as 23h59 de quinta-feira (19), exclusivamente pela internet.
O estado com maior número de inscrições até o momento é São Paulo, com 220.696 candidatos. Em seguida, vêm Minas Gerais, com 122.601; Rio de Janeiro, com 74.078; Bahia, com 72.297; e Rio Grande do Sul, com 72.058. Podem participar do ProUni estudantes que cursaram todo o ensino médio em escola pública ou com bolsa integral em escola particular. Também é necessário ter participado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2011 e alcançado pelo menos 400 pontos na média das provas objetivas e não ter zerado a redação. Do total de bolsas oferecidas, 98 mil são integrais e 96 mil, parciais, que custeiam 50% da mensalidade. O benefício integral é destinado àqueles com renda familiar per capita mensal de até 1,5 salários mínimo. As bolsas parciais podem ser pleiteadas por quem tem renda familiar per capita de até três salários mínimos
No momento da inscrição, o candidato pode escolher até duas opções de curso. A lista dos aprovados em primeira chamada está prevista para 22 de janeiro. Os selecionados deverão comparecer à instituição de ensino onde conseguiram a bolsa no período de 23 de janeiro a 1° de fevereiro para apresentar a documentação necessária e providenciar a matrícula.
Após esse processo de confirmação, será divulgada a segunda chamada no dia 7 de fevereiro. Ao fim das duas chamadas, o sistema vai gerar uma lista de espera para preencher as bolsas remanescentes. Os interessados em participar dessa lista deverão fazer o pedido no próprio site do ProUni entre 22 e 24 de fevereiro. (jdia)

Mensalidade escolar: reajuste acima de 12% deve ser denunciado ao Procon

Estudantes e pais de alunos devem ficar atentos às cobranças indevidas por serviços em instituições particulares.

Os pais de estudantes amapaenses devem ficar atentos ao reajuste das mensalidades nas instituições particulares de ensino. Já que no Amapá, não há uma definição geral de quanto deve ser o reajuste das mensalidades, os consumidores só ficam sabendo através de informativos nos sites e murais das instituições. E esta, é outra observação que deve ser feita pelos estudantes e pais de alunos.
A Lei 9.870/99 determina que o aumento nas mensalidades seja informado aos pais, alunos ou responsáveis, com antecedência mínima de 45 dias, antes da data final para a matrícula, conforme calendário e cronograma da instituição de ensino, em local de fácil acesso ao público. E ainda, o valor reajustado, o texto da proposta de contrato, o valor efetivo do serviço e o número de vagas por sala-classe, também devem estar afixados em local de fácil visualização.
A Lei também assegura ao consumidor o direito às informações detalhadas sobre o reajuste aplicado, por meio da apresentação de uma planilha de custos. Se quaisquer destes direitos forem descumpridos pela instituição de ensino, o pai, aluno ou responsável deve recorrer ao Instituto de Defesa do Consumidor (Procon/AP).
As escolas particulares estão submetidas à Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei 9394/96) Nacional e também devem obedecer a regras legais para negociação dos reajustes de suas mensalidades. Além disso, os Procon’s orientam que esse reajuste seja feito observando o índice inflacionário da economia brasileira.
No Amapá, as mensalidades devem aumentar em até 12%, informa a diretora-presidente do Procon/AP, Nilza Amaral. Acima desse percentual, os consumidores podem procurar o Instituo e registrar a reclamação para que sejam tomadas as medidas necessárias. O abatimento nos valores das mensalidades fica a critério das próprias instituições.
Prestação de serviços em instituições particulares
Segundo o Procon/AP, as modalidades de cobrança permitidas às escolas particulares são: mensalidade, taxas e contribuições. A mensalidade cobre aulas e a prestação de serviços diretamente ligados à educação como, estágios obrigatórios, utilização de bibliotecas, material de ensino para uso coletivo, material destinado a provas e exames, certificados de conclusão de cursos, identidade estudantil, boletins de notas, cronogramas, currículos e programas. Esses itens não podem ser cobrados separadamente.
As taxas podem ser cobradas para pagar custos se serviços extraordinários prestados pela instituição aos alunos como, segunda chamada de prova e exames, declarações, aulas de recuperação, adaptação e dependência prestada fora do horário escolar (quando os professores são remunerados para essas funções).
Já as contribuições são cobradas para remunerar todos os serviços não incluídos na mensalidade, por exemplo, alimentação e transporte (quando prestados pela instituição de ensino). As normas que regulamentam esses serviços educacionais devem publicadas pelo Diário Oficial dos Estados a cada semestre ou anualmente.
Cobrança ilegal
O aluno não deve pagar taxas de inscrição de consumo para a distribuição de bolsas de estudo ou concessão de prêmio. E nem deve pagar qualquer forma de arrecadação obrigatória para a receita escolar. Também não deve conter na lista de material escolar os seguintes itens: papel higiênico, copo descartável, toalhas de papel, álcool, papel extenso, folhas de papel e materiais de limpeza.
A cobrança para a emissão do diploma nas faculdades também não deve ser aceita pelos estudantes. A escola particular é proibida de suspender o aluno em provas escolares. E não deve impedi-lo de freqüentar aulas se não tiver apostila ou similares. Essas limitações das escolas particulares, além de estarem entre as orientações dos órgãos de defesa do consumidor, também estão constantes na Lei 9.870/99.
No ano de 2011, seis escolas particulares amapaenses foram notificadas por causa de reclamações dos consumidores, referente à cobrança de taxas não esclarecidas ao público e mensalidades abusivas. Uma faculdade também foi denunciada ao Procon/AP por cobrar mensalidade e taxa de matrícula de estudante contemplado pelo Fies (Fundo de Financiamento Estudantil). O Instituto está recebendo as justificativas dessas instituições, para então abrir processo administrativo, caso seja necessário.
Matrículas
O Conselho Federal de Educação não permite vincular a matricula a contrato com clausulas que impedem sua rescisão. Também proíbe a emissão de notas promissórias ou qualquer outro titulo de credito para quitar mensalidades, taxas e contribuições escolares, exceto como forma de pagar débitos atrasados. Em relação ao cancelamento, transferência ou desistência de matrícula, o aluno deve estar em dia com as mensalidades e pagar o equivalente a mais para encerrar, pedir transferência ou desistir da matrícula.
(Maiara Pires/aGazeta)

Arqueólogos descobrem antigo carimbo em Jerusalém

Arqueólogos israelenses disseram neste domingo ter descoberto um carimbo de argila de 2.000 anos, perto do Muro Ocidental, também conhecido como Muro das Lamentações, de Jerusalém, confirmando relatos escritos de rituais que eram realizados no templo sagrado judaico.
Mas o objeto do tamanho de um botão tem as palavras inscritas em aramaico “puro para Deus”, indicando que era usado para certificar alimentos e animais usados para cerimônias de sacrifício.
O Muro Ocidental faz parte de um complexo conhecido pelos judeus como o Monte do Templo e pelos muçulmanos como o Nobre Santuário, onde a mesquita islâmica al-Awsa e o Domo da Rocha estão localizados.
“Parece que o objeto era usado para marcar produtos ou objetos que eram trazidos para o Templo, e era imperativo que fossem puros segundo rituais”, disse a Autoridade de Antiguidades de Israel, em comunicado para divulgar a descoberta.
A entidade disse acreditar ser a primeira vez que tal selo foi escavado, oferecendo uma prova arqueológica direta de rituais que eram realizados no templo e que eram descritas em textos antigos.
Menahem Kahana/France Presse
Objeto tem as palavras inscritas em aramaico “puro para Deus”, indicando que era usado para certificar alimentos
(Revista Ecoturismo)

Adolescente é assassinado durante bebedeira em Santana

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Testemunhas disseram à polícia que o crime aconteceu após uma discussão

Uma discussão durante uma bebedeira entre dois jovens na noite de sábado (14), terminou em morte no município de Santana. Rafael Marques da Silva de 15 anos foi assassinado com duas facadas cujo o autor foi identificado como “Batata”,que fugiu logo após cometer o crime.O fato aconteceu por volta das 22h em uma área de ponte localizada no bairro do Elesbão.
Rafael mesmo ferido tentou chegar até a casa de sua irmã, onde ele estaria passando uns dias. O jovem estava recente em Santana,vindo do município de Pedra Branca do Amaparí onde ele residia. Ele ainda chegou a ser socorrido e levado para o Hospital de Santana, mas acabou morrendo alguns minutos após dar entrada naquela casa de saúde.
A Polícia Militar (PM) localizou o autor do homicídio no bairro do Delta. João Paulo Pinheiro Leandro de 18 anos foi apresentado na 1ª Delegacia de Santana,onde confessou o crime.Ele disse que matou a vítima para se defender.Segundo ele,Rafael tentou agredi-lo com um terçado.O acusado comentou que como a vítima não teve coragem,ele partiu pra cima do rapaz e esfaqueou.
João Paulo foi autuado em flagrante pelo delegado de plantão. Ele foi encaminhado para o Instituto de Administração Penitenciaria (Iapen) onde aguardará o pelo pronunciamento da Justiça. (Ailton Leite/aGazeta)

Deputados derrubam vetos do governo ao PPA e ao orçamento

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A partir desta terça-feira (17), governadora em exercício, Doralice Nascimento, tem 48 horas para sancionar o orçamento de 2012, de R$ 3,599 bilhões. Vencido o prazo, o presidente da Assembleia, Moisés Souza (PSC), vai promulgá-lo.
O governo Camilo Capiberibe (PSB) sofreu uma dupla derrota ontem (16) no parlamento estadual. Em duas sessões extraordinárias, os deputados derrubaram vetos do Executivo ao Plano Plurianual (PPA), pela manhã, e à Lei Orçamentária Anual, à tarde. Os vetos parciais ao PPA foram rejeitados por 17 votos a dois; o veto total ao orçamento modificado e aprovado pela Assembleia caiu por 19 votos a dois. A vice-governadora em exercício, Dora Nascimento, será comunicada da rejeição nesta terça-feira (17) e terá, a partir de então, 48 horas para sancionar o orçamento de 2012, de R$ 3,599 bilhões. Esgotado o prazo, o presidente da Assembleia Legislativa, Moisés Souza, irá promulgá-lo.
As sessões tiveram votações secretas, mas foi possível aferir que os dois votos contrários à derrubada dos vetos partiram dos deputados Cristina Almeida, líder do governo, e Agnaldo Balieiro, ambos do PSB. No final da tarde, o presidente do legislativo, Moisés Souza, disse que as alterações ao orçamento de 2012 foram feitas pelos deputados porque “não houve transparência do governo ao repassar as principais informações relativas à estimativa de receita”.
Por causa da falta de dados, o relator do orçamento, Keka Cantuária, buscou informações sobre os repasses de verbas no Tesouro Nacional e fez alterações significativas. A proposta original encaminhada por Camilo Capiberibe estimava a receita em R$ 3,168 bilhões, enquanto o orçamento aprovado, em 22 de dezembro de 2011 com modificações de emendas parlamentares, saltou para R$ 3,599 bilhões.
Na mensagem encaminhada na última sexta-feira (13), a governadora em exercício, Doralice Nascimento, arguiu 10 justificativas para “vetar totalmente, por inconstitucionalidade, violação à Lei de Diretrizes Orçamentárias e às normas do Direito Financeiro, e por contrariedade ao interesse público” a redação final da Lei Orçamentária Anual aprovada pela Assembleia.
Diferença de R$ 2 milhões
Dora Nascimento argumentou que o orçamento aprovado, em dezembro, pelos deputados era uma “afronta ao princípio do equilíbrio orçamentário”. Ela questionou que “os valores finais de receita e despesas são incompatíveis”, chegando, inclusive, a apontar uma diferença de R$ 2 milhões para mais no quadro das despesas.
No entanto, o parecer de Edinho Duarte (PP), relator da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), refutou, destacando que “procedeu-se criterioso somatório dos valores da despesa, órgão a órgão, e não se encontrou a propalada diferença de R$ 2 milhões”. Em seu relatório, Duarte defendeu que o Legislativo tem a prerrogativa constitucional de promover alterações no orçamento.
“O governo do Estado nunca ofereceu informações fidedignas a respeito do cálculo da Receita Corrente Líquida”, ponderou o relator, acrescentando que não restou alternativa à Comissão de Orçamento e Finanças (COF) da AL a não ser buscar esses dados em órgãos oficiais da União. Por 19 votos a dois, os deputados aprovaram o relatório de Edinho Duarte, que rejeitou o veto governamental. Dos 24 deputados, não estavam presentes Bruno Mineiro (PT do B), Charles Marques (PSDC) e Michel JK (PSDB).
Um dos que votaram pela manutenção do veto, Agnaldo Balieiro (PSB) reagiu com naturalidade ao fato de nem mesmo outros parlamentares da base governista o terem acompanhado. “Eles votaram com suas convicções, que já tinham sido manifestadas na votação do orçamento, no final do ano passado”, disse.
O presidente da AL, Moisés Souza, declarou que a derrabada dos vetos aconteceu de maneira tranqüila, conforme os parâmetros da legalidade. A comunicação da rejeição ao veto do orçamento de 2012 será protocolada na manhã desta terça-feira (17) ao chefe do Poder Executivo. A governadora em exercício, Dora Nascimento, terá, a partir de então, 48 horas para manifestação, caso contrário, constitucionalmente, compete à Assembleia promulgar a Lei Orçamentária Anual (LOA).
Para deputados, governo manipulou finanças
A primeira sessão extraordinária, pela manhã, reuniu 20 dos 24 deputados, com as ausências de Bruno Mineiro, Michel JK e Júnior Favacho (PMDB). Na mensagem encaminhada ao Legislativo, a governadora em exercício vetava parcialmente o projeto de Lei do Plano Plurianual (PPA) para o quadriênio 2012-2015. Parecer do deputado Edinho Duarte, favorável à rejeição dos vetos, foi aprovado 17 votos a dois, com a abstenção do deputado Manoel Brasil (PRB).
Em suas alegações, o Setentrião argumentava que a Emenda feita pela AL, com o artigo 8º, feria a constitucionalidade ao majorar em R$ 433,2 milhões a mensagem original do governo, “quebrando o equilíbrio orçamentário”. Mas o relator da CCJ, Edinho Duarte, sustentou que é prerrogativa constitucional da AL alterar o projeto “mesmo sendo de iniciativa privativa do Chefe do Executivo”. Duarte alicerçou a seu parecer jurisprudência do STF, de autoria do ministro Celso de Mello.
Logo no início da sessão, o peemedebista Dalto Martins criticou duramente a ausência do governador Camilo Capiberibe, que tirou férias e transferiu a incumbência para sua vice, Doralice Nascimento, analisar o PPA e o Orçamento. Keka Cantuária (PDT) também acusou o governo de forjar os números da arrecadação para manipular um falso crescimento do Estado. “O governador quer manipular os números para mais tarde apresentar um falso crescimento do Estado”, declarou. (Régis Sanches/aGazeta)

Bancada federal fará audiência pública sobre obras do Aeroporto de Macapá

Após visita organizada pelo senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) às obras do Aeroporto Internacional de Macapá Alberto Alcolumbre, na manhã desta quinta-feira (12), os integrantes da bancada federal decidiram por uma audiência pública, a ser realizada em fevereiro próximo em Macapá. O senador e os deputados entendem que a Infraero deve explicar à população os motivos que levaram ao atraso na conclusão da obra.

A Ordem de Serviço para início das obras do aeroporto data de dezembro de 2004, e a primeira previsão de conclusão era dezembro de 2006. No entanto, denúncias de superfaturamento feitas ao Tribunal de Contas da União, envolvendo o consórcio de construtoras Beter e Gautama, além da prisão do empreiteiro Zuleito Veras (Gautama) durante a Operação Navalha da Polícia Federal, deram início a uma prolongada interrupção.

Paralisadas em novembro de 2008, as obras só reiniciaram em março de 2010, quando a Infraero solucionou a rescisão do contrato anterior e regularizou a nova construtora, Decol, que hoje toca o canteiro. Segundo Davi Oliveira, superintendente do Aeroporto de Macapá, a lentidão no andamento se dá porque a Infraero enfrenta dificuldades na contratação das empresas, que começam e abandonam o contrato, e no fracasso de licitações.

Manoel Campos, gerente regional de operações da Infraero, disse que as licitações têm que obedecer aos preços praticados no Sistema Nacional de Custos e Índices – Sinapi, que determina valores para produtos utilizados em obras públicas. O sistema não contempla preocupações com o mercado local, cujos custos são mais elevados do que no centro do país. Isso faz com que os fornecedores locais não participem, esvaziando as licitações.

Segundo Campos, a empresa está concluindo o pátio de aeronaves, com capacidade inicial para cinco aviões de grande porte e duas pontes de acesso cobertas, as vias de acesso, a parte de drenagem e de balizamento. Em março deste ano, garante o gerente, será concluído o primeiro módulo operacional e em dezembro de 2013 deverá ocorrer a conclusão da primeira fase da obra, pronta para entrar em operação.
A segunda fase será a ampliação do aeroporto para a área onde hoje funciona. Mas, para que isso ocorra, explicou Campos, é necessário que a primeira parte esteja plenamente em funcionamento. “As obras não estão paradas”, afirmou o gerente de operações. Ele conduziu os parlamentares para uma visita ao canteiro de obras e assegurou que a Infraero participará da audiência pública proposta pela bancada.

Campos pediu apoio da bancada para que tencione junto ao governo do estado e à prefeitura de Macapá pela solução de problemas acordados em convênio com a Infraero. Ao GEA cabe dotar a área de energia de qualidade, água e esgoto, além dos acessos para as rodovias Duca Serra e Norte/Sul. Para a prefeitura a tarefa é mais simples, criar uma linha de ônibus que leve o usuário até o aeroporto – a mais próxima passa pela Av. FAB. (Ascom/Gab.)