quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Desastre Ambiental na Reserva Federal do Lago do Piratuba


O incêndio iniciou no dia 19/10, na margem oeste do Lago do Mutuco, situado na porção meridional da Reserva Biológica do Lago Piratuba. A equipe de brigadistas da reserva iniciou o combate no dia 20/10, montando acampamento num local mais próximo do incidente. O incêndio se propaga por via subterrânea, devido à camada de turfa que forma o solo, e seu controle é feito com abertura de trincheiras


Descrição do Evento

Foto: Márcio Batista-SETUR/AP
O fogo, segundo técnicos do ICMBio, teve origem criminosa, com indícios de intencionalidade por parte de pescadores, em retaliação às atividades de fiscalização realizadas durante o ano. O trabalho com a brigada da reserva teve que ser interrompido devido ao avanço rápido do fogo e à dificuldade de acesso à área queimada, em função do baixo nível de água dos lagos. A equipe gestora solicitou apoio aéreo de helicóptero para apoiar no combate. Foi realizado um sobrevoo de avião na área no dia 23/10, onde se verificou que a área queimada ultrapassava 2 mil hectares, e avançava para áreas criticas e de difícil acesso. Diante da dificuldade em obter apoio imediato de helicóptero, o incêndio tomou proporções acima da capacidade operacional da equipe de brigadistas do ICMBio, e a Defesa Civil foi comunicada no dia 24/10. No dia 26/10, o Governador do Estado decretou situação de emergência, e começaram as articulações para apoio com combatentes e de apoio aéreo. Outro sobrevoo de avião foi realizado no dia 31/10, onde se observou que o fogo havia reduzido um pouco a velocidade.
No dia 01/11, o IBAMA deslocou um helicóptero para prestar apoio ao combate. Foi realizado um sobrevoo na área no dia 02/11 para atualização da situação. Estimou-se a área queimada em mais de 6 mil hectares. Foi identificado mais um incêndio próximo, que avançava rumo ao anterior. Isso aumentou a dificuldade de se fazer uma linha de controle.
 Fonte: www.defesa civil-ap.com.br


Desastre Ambiental


Queimada no Lago do Piratuba

Foto: Defesa Civil-AP


Após a queimada no Lago do Piratuba
Foto: Defesa Civil-AP


O"fim do mundo": arqueólogo explica calendário e erro.


Para Orlando Casares, arqueólogo do Instituto Nacional de Antropologia e História do México (INAH), o "fim do mundo" é resultado de um erro histórico de interpretação. Casares que foi curador de uma mostra que tentava mostrar o erro, diz em entrevista de 2011 que os maias não tinham uma concepção de fim do mundo, mas sim de ciclos.
Casares explica o complicado funcionamento do calendário maia - que contava, inclusive, dois anos. Para o especialista, o problema não esta na arqueologia, mas em erros, "propositais ou não", de interpretação de objetos achados.
O prognóstico maia do fim do mundo foi um erro histórico de interpretação, segundo revela o conteúdo da exposição. O arqueólogo explicou que a base da medição do tempo desta antiga cultura era a observação dos astros.
Eles se baseavam, por exemplo, nos movimentos cíclicos do sol, da lua e de Vênus, e assim mediam suas eras, que tinham um princípio e um final. "Para os maias não existia a concepção do fim do mundo, por sua visão cíclica", explicou Casares, que esclareceu: "A era conta com 5.125 dias, quando esta acaba, começa outra nova, o que não significa que irão acontecer catástrofes; só os fatos cotidianos, que podem ser bons ou maus, voltam a se repetir".
Para não deixar dúvidas, a exposição do Museu do Ouro explica o elaborado sistema de medição temporal desta civilização. "Um ano dos maias se dividia em duas partes: um calendário chamado ''Haab'' que falava das atividades cotidianas, agricultura, práticas cerimoniais e domésticas, de 365 dias; e outro menor, o ''Tzolkin'', de 260 dias, que regia a vida ritualística", acrescentou Casares.
A mistura de ambos os calendários permitia que os cidadãos se organizassem. Desta forma, por exemplo, o agricultor podia semear, mas sabia que tinha que preparar outras festividades de suas deidades, ou seja, "não podiam separar o religioso do cotidiano".
Ambos os calendários formavam a Roda Calendárica, cujo ciclo era de 52 anos, ou seja, o tempo que os dois demoravam a coincidir no mesmo dia.
Para calcular períodos maiores utilizavam a Conta Longa, dividida em várias unidades de tempo, das quais a mais importante é o "baktun" (período de 144 mil dias); na maioria das cidades 13 "baktunes" constituíam uma era e, segundo seus cálculos, em 22 de dezembro de 2012 termina a presente.
Com esta explicação querem demonstrar que o rebuliço espalhado pelo mundo sobre a previsão dos maias não está baseado em descobertas arqueológicas, mas em erros, "propositais ou não", de interpretação dos objetos achados desta civilização.
De fato, uma das peças-chave da mostra é o hieróglifo 6 de Tortuguero, que faz referência ao fim da quinta era, a atual, neste dezembro, a qual se refere à vinda de Bolon Yocte (deidade maia), mas a imagem está deteriorada e não se sabe com que intenção.
A mostra exibida em Bogotá apresenta 96 peças vindas do Museu Regional Palácio Cantão de Mérida (México), onde se pode ver, além de calendários, vestimentas cerimoniais, animais do zodíaco e explicações sobre a escritura.
Para a diretora do Museu do Ouro de Bogotá, Maria Alicia Uribe, a exibição desta mostra sobre a civilização maia serve para comparar e aprender sobre a vida pré-colombiana no continente. "Interessa-nos de alguma maneira comparar nosso passado com o de outras regiões do mundo", ressaltou Maria sobre esta importante coleção de arte e documentário.
Fonte: Notícia Terra