sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Lei da Ficha Limpa tem legalidade e vale para as eleições deste ano Lei baseada em 1,5 milhão de assinaturas está aprovada e vale para as eleições deste ano

A maioria dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) votou, ontem (16), pela constitucionalidade da Lei da Ficha Limpa, que determina a inelegibilidade, por oito anos, de políticos condenados em segunda instância, cassados ou que tenham renunciado para evitar a cassação, entre outros
Virtualmente, a lei já está aprovada e vale para as eleições municipais deste ano. Os ministros podem, porém, alterar seu voto até o fim da sessão, o que é muito raro. O ministro Ayres Britto foi segundo a votar na sessão de hoje, depois de Ricardo Lewandowski, que abriu a sessão. Ambos acompanharam Joaquim Barbosa, que julgou a lei completamente constitucional. Também seguiu o entendimento de Joaquim a ministra Rosa Weber. Britto elogiou a lei, que nasceu da assinatura de mais de 1,3 milhão de eleitores. “A iniciativa popular plenifica a democracia, o que confere à lei, se não a hierarquia maior, um tônus de legitimidade ainda maior, ainda mais denso. Essa lei é fruto do cansaço, da saturação do povo com os maus tratos infligidos à coisa pública.”
Os ministros Luis Fux e Cármen Lúcia completam a conta dos favoráveis à lei, apesar de terem feito uma pequena ressalva quanto ao tempo de inelegibilidade no caso de condenação criminal.
A tese de que a Lei da Ficha Limpa ofende o princípio da presunção da inocência por tornar inelegível o candidato condenado por decisão da qual ainda pode recorrer foi refutada pelos ministros.
“Estamos diante de uma ponderação entre dois valores constitucionais de mesmo nível [a presunção de inocência e a vida pregressa do candidato]. A Lei da Ficha Limpa busca proteger os valores de moralidade e probidade na política. É uma opção legislativa legítima que foi feita pelo Congresso Nacional”, afirmou Lewandowski. Ainda faltam os votos de três ministros: Marco Aurélio, Celso de Mello e Cezar Peluso. Dias Toffoli e Gilmar Mendes, por enquanto, são os únicos que votaram contra a constitucionalidade da lei.
A Lei da Ficha Limpa, de 2010, é de iniciativa popular e foi apresentada ao Congresso após a assinatura de mais de 1,3 milhão de eleitores. 

Turismo de Inclusão vai ser discutido em Congresso no Amapá


O estado vai sediar em maio XXXII Congresso Brasileiro de Guias de Turismo e espera receber 600 pessoas de todo o Brasil e de outros países.
Macapá, 17 de fevereiro de 2012 – Se você está acostumado a viajar, sabe que não é muito comum ver deficientes físicos em excursões. Isso acontece porque a maioria das empresas de turismo não tem estrutura para atender aos clientes com necessidades físicas específicas. Mas, no Brasil, já existem pacotes com passeios convencionais e até de aventura para esse público.
O turismo de inclusão vai ser um dos assuntos discutidos no XXXII Congresso Brasileiro de Guias de Turismo, que será realizado em Macapá, entre os dias 16 e 20 de maio, no Ceta Ecotel. O empresário Ricardo Shimosakai, que é paraplégico e pioneiro no turismo de inclusão no país, é quem vai falar sobre essa experiência para os guias de turismo.
O Congresso, que tem como tema “O Guia de Turismo como Agente de Integração de Culturas”, está sendo organizado pela Federação Nacional dos Guias de Turismo (Fenagtur) e pelo Sindicato dos Guias de Turismo do Amapá (Singtur/AP), em parceria com o Sindicato das Empresas de Turismo do Amapá (Sindetur/AP). A expectativa é de que a cidade receba cerca de 600 profissionais de todo o Brasil e de outros países. As inscrições já estão abertas e podem ser feitas pelo site www.singtur-ap.com.br.
A operadora oficial do congresso é a agência de Turismo Biatur. A empresa amapaense é responsável pelo turismo receptivo. O serviço inclui reserva de passagem aérea, hotel, transporte e passeios. A Biatur pode montar pacotes completos ou parciais, de acordo com a necessidade de cada participante. As reservas podem ser feitas direto no site da agência: www.biatur.com.br.
Elisângela Andrade