A Ordem de Serviço para início das obras do aeroporto data de dezembro de 2004, e a primeira previsão de conclusão era dezembro de 2006. No entanto, denúncias de superfaturamento feitas ao Tribunal de Contas da União, envolvendo o consórcio de construtoras Beter e Gautama, além da prisão do empreiteiro Zuleito Veras (Gautama) durante a Operação Navalha da Polícia Federal, deram início a uma prolongada interrupção.
Paralisadas em novembro de 2008, as obras só reiniciaram em março de 2010, quando a Infraero solucionou a rescisão do contrato anterior e regularizou a nova construtora, Decol, que hoje toca o canteiro. Segundo Davi Oliveira, superintendente do Aeroporto de Macapá, a lentidão no andamento se dá porque a Infraero enfrenta dificuldades na contratação das empresas, que começam e abandonam o contrato, e no fracasso de licitações.
Manoel Campos, gerente regional de operações da Infraero, disse que as licitações têm que obedecer aos preços praticados no Sistema Nacional de Custos e Índices – Sinapi, que determina valores para produtos utilizados em obras públicas. O sistema não contempla preocupações com o mercado local, cujos custos são mais elevados do que no centro do país. Isso faz com que os fornecedores locais não participem, esvaziando as licitações.
Segundo Campos, a empresa está concluindo o pátio de aeronaves, com capacidade inicial para cinco aviões de grande porte e duas pontes de acesso cobertas, as vias de acesso, a parte de drenagem e de balizamento. Em março deste ano, garante o gerente, será concluído o primeiro módulo operacional e em dezembro de 2013 deverá ocorrer a conclusão da primeira fase da obra, pronta para entrar em operação.
A segunda fase será a ampliação do aeroporto para a área onde hoje funciona. Mas, para que isso ocorra, explicou Campos, é necessário que a primeira parte esteja plenamente em funcionamento. “As obras não estão paradas”, afirmou o gerente de operações. Ele conduziu os parlamentares para uma visita ao canteiro de obras e assegurou que a Infraero participará da audiência pública proposta pela bancada.
Campos pediu apoio da bancada para que tencione junto ao governo do estado e à prefeitura de Macapá pela solução de problemas acordados em convênio com a Infraero. Ao GEA cabe dotar a área de energia de qualidade, água e esgoto, além dos acessos para as rodovias Duca Serra e Norte/Sul. Para a prefeitura a tarefa é mais simples, criar uma linha de ônibus que leve o usuário até o aeroporto – a mais próxima passa pela Av. FAB. (Ascom/Gab.)
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