A arqueóloga e antropóloga britânica Mary Leakey é a responsável pela
descoberta do primeiro esqueleto de Proconsul, gênero de primatas que viveu há
aproximadamente 22 milhões de anos. Hoje extintos, acredita-se que esses
hominoides são ancestrais dos humanos. Ela dedicou grande parte de suas
carreira a descobrir as ferramentas e fósseis de homínideos. Trabalhando na
África durante muitos anos, desenvolveu um sistema de classificação de
utensílios de pedra e, além de seu trabalho para revelar mais sobre a história
dos humanos, também encontrou 15 novas espécies animais e um gênero até
então desconhecido.
Filha de um pintor que viajava o mundo retratando paisagens, Mary Leakey
desenvolveu gosto pela aventura logo cedo. Em 1925, aos 12 anos, começou a
escavar uma caverna na França, onde sua família estava morando. Seu interesse
pela pré-história foi desperto, e ela passou a colecionar as ferramentas que
encontrava, criando seu primeiro sistema de classificação. Por parte de mãe,
Leakey era prima de um arqueólogo.
Mary Leakey também fazia ilustrações dos objetos que encontrava. Em
1932, seu trabalho chamou a atenção da famosa arqueóloga Gertrude
Caton–Thompson, que a convidou para acompanhá-la em suas jornadas. Como artista
e arqueóloga amadora, a britânica participou de expedições; em uma delas,
conheceu Louis Leakey, naturalista que precisava de uma ilustradora. Enquanto
trabalhavam juntos, eles se apaixonaram e mantiveram um romance, apesar de
Louis estar casado à época.
Louis e Mary Leakey tiveram três filhos ao longo da década de 1940. Os
garotos passaram a maior parte da infância em sítios arqueológicos. Os Leakeys
faziam escavações e explorações como uma família. Em 1960, ela se tornou
diretora de escavações na garganta de Olduvai, na África. Com a morte do
marido, em 1972, Mary e os três filhos mantiveram vivo o interesse pela
arqueologia, criando uma tradição na área como a família Leakey.
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