quarta-feira, 15 de maio de 2013
quinta-feira, 28 de março de 2013
Video de tragédia no Porto de Santana - AP
Fonte de vídeo: Canal TV Cidadão
As buscas estão sendo feitas por soldados do Corpo de Bombeiros do Amapá, informou a empresa Anglo American, operadora do porto. Três dos desaparecidos são funcionários da Anglo American e outros três, contratados pela empresa.
O píer é usado para o atracamento de navios que embarcam minério de ferro. Segundo a Anglo American, as informações iniciais apontam como causa do desmoronamento do píer um volume anormal de água no braço de rio onde está situado o porto. Em nota, a empresa informou que outros portos na região foram afetados.
De acordo com a empresa, o acidente causou a perda de equipamentos, como caminhões e guindastes, que foram "tragados pelo rio".
A Anglo American informou que as autoridades responsáveis foram acionadas de imediato, assim como as equipes de busca das pessoas desaparecidas.
"A empresa está tomando as providências necessárias para atendimento e apoio às famílias dos desaparecidos", diz a nota da empresa.
Fonte: AGÊNCIA BRASIL
domingo, 17 de março de 2013
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013
A arqueóloga e antropóloga britânica Mary Leakey é a responsável pela
descoberta do primeiro esqueleto de Proconsul, gênero de primatas que viveu há
aproximadamente 22 milhões de anos. Hoje extintos, acredita-se que esses
hominoides são ancestrais dos humanos. Ela dedicou grande parte de suas
carreira a descobrir as ferramentas e fósseis de homínideos. Trabalhando na
África durante muitos anos, desenvolveu um sistema de classificação de
utensílios de pedra e, além de seu trabalho para revelar mais sobre a história
dos humanos, também encontrou 15 novas espécies animais e um gênero até
então desconhecido.
Filha de um pintor que viajava o mundo retratando paisagens, Mary Leakey
desenvolveu gosto pela aventura logo cedo. Em 1925, aos 12 anos, começou a
escavar uma caverna na França, onde sua família estava morando. Seu interesse
pela pré-história foi desperto, e ela passou a colecionar as ferramentas que
encontrava, criando seu primeiro sistema de classificação. Por parte de mãe,
Leakey era prima de um arqueólogo.
Mary Leakey também fazia ilustrações dos objetos que encontrava. Em
1932, seu trabalho chamou a atenção da famosa arqueóloga Gertrude
Caton–Thompson, que a convidou para acompanhá-la em suas jornadas. Como artista
e arqueóloga amadora, a britânica participou de expedições; em uma delas,
conheceu Louis Leakey, naturalista que precisava de uma ilustradora. Enquanto
trabalhavam juntos, eles se apaixonaram e mantiveram um romance, apesar de
Louis estar casado à época.
Louis e Mary Leakey tiveram três filhos ao longo da década de 1940. Os
garotos passaram a maior parte da infância em sítios arqueológicos. Os Leakeys
faziam escavações e explorações como uma família. Em 1960, ela se tornou
diretora de escavações na garganta de Olduvai, na África. Com a morte do
marido, em 1972, Mary e os três filhos mantiveram vivo o interesse pela
arqueologia, criando uma tradição na área como a família Leakey.
Fortaleza de São José
A construção da Fortaleza de São José de Macapá foi
autorizada no reinado de D. José I (Julho/1750 - Fevereiro/1777), que teve como
primeiro ministro, o Marquês de Pombal, um representante do despotismo
esclarecido.
Pela sua grandiosidade esta Fortaleza, configura o
particular interesse geopolítico lusitano em garantir o domínio sobre as terras
conquistadas com base no Tratado de Madri - Janeiro 1750, entre Portugal e
Espanha, por onde se definiu os limites fronteiriço ao norte da colônia
brasileira.
Administrada diretamente pela Capitania do Grão-Pará
e Maranho, a obra foi iniciada em 29 de junho de 1764. No mesmo ponto em que
anteriormente se construíram os redutos de 1738 e 1761, veio a Fortaleza ser
erguida estrategicamente na foz, pela margem esquerda do rio Amazonas, onde
exerceria as funções de: impedir por esta via, a entrada de navios invasores;
defender, abrigando no seu interior, os moradores da vila de São José de
Macapá, caso sofressem ameaça de assédio; servir como base para o
reabastecimento de um exército aliado; refugiá-lo na situação deste bater em
retirada; servir como ponte de contra-ataque do inimigo; elo de comunicação e
vigilância entre as demais fortificações espalhadas pelo interior e fronteiras;
assegurar a exploração dos produtos regionais (droga do sertão), e seu
exclusivo comércio com a metrópole; manutenção da ordem soberana de Portugal na
região. E comporia também uma cadeia de fortificações distribuídas ao longo do
rio Amazonas e afluente visando proteção das incursões que estabeleciam
comércio do escravo africano com o ouro do Peru. Contudo a Fortaleza de São
José de Macapá nunca entrou em combate, realizando parte de suas funções
estratégicas. Foi a Segunda comisso demarcadora de limites da Amazônia, ocupada
com o levantamento das potencialidades econômicas regionais, quem recebeu
através do governador da Capitania do Grão-Pará, a ordem imperial do
planejamento de fortificação para Macapá.
Em seguida, a comisso composta de homens ilustres
como: Joo Geraldo Gronfelds, Henrique Joo Wilkens, Domingos Sambucetti, Antônio
José Landi, e dos astrônomos, Joo Brunelli e Miguel Antônio Clero, coordenados
por Henrique Antônio Galúcio, estudaram os Tratados sobre Fortificações, de
Manuel Azevedo Fortes. E com adaptações à realidade local, materializando
arquitetonicamente a Fortaleza de São José de Macapá, como um complexo
fortificado composto de núcleo cercado externamente por outros elementos
construtivos, de reforço à defesa. Todavia, por falta de recursos, esta
majestosa obra no chegou a ser completamente acabada, e por isso as fases
posteriores de abandono levaram ao arruinamento e o consequente desaparecimento
de alguns pontos mais vulneráveis.
Internamente, o núcleo (Praça Principal) tem a
configuração de um quadrado com quatro baluartes pentagonais nos vértices, o
que permitiria o cruzamento de fogo sobre o inimigo, detalhe este marcado pela
influência da engenharia francesa do século XVII, com bases defensivas da
guerra de posição expressada no 8º modelo do construtor Sebastién de Le
Prestes, Marquês de Vauban, exemplo destacado da obra de Manuel Azevedo Fortes.
E no interior deste quadrado se encontra uma praça rebaixada com um esgotadouro
de águas pluviais no centro, nas laterais, oito prédios destinados ao
aquartelamento disposto dois a dois. Limitam esta área rasa, a conformação de
terraplenos elevados, que interligam na mesma altura, os baluartes; e sob os
terraplenos sul e leste, existem respectivamente, dois conjuntos de casamatas,
com doze unidades cada. Externamente, de imediato, temos o fosso seco, que no
projeto original contornava toda a Praça Principal, porém, hoje restando apenas
na parte Sul e a Oeste. Ao Sul, do fosso seco passar em frente do porto
principal, temos o Revelim, também contornado por este fosso. O Revelim
ligava-se à Esplanada por passarela de madeira e ao porto principal, através de
uma ponte de madeira fixa, com parte dela elevadiça, acessórios estes,
desaparecidos. Ao Norte, no projeto original, além do fosso seco, existiria outro
Revelim acompanhando na sua frente de um fosso hídrico; elementos que também
sofreram desaparecimento. A Leste, além do fosso seco, existiria duas Baterias
Baixas que com o tempo também desapareceram da leitura aparente.
Com a morte de D. José I, assumiu o trono sua filha
D. Maria I que por questões políticas, exonera e persegue Marquês de Pombal.
Imediatamente, deixa de investir na construção da Fortaleza de São José de
Macapá, sob alegação de ser onerosa para a Coroa, o que a paralisa, e a cinco
anos depois, mesmo estando Inacabada, foi inaugurada em 19 de março de 1782. Nos
dezoito anos de trabalhos na construção, muitas vidas foram consumidas, entre
as duas classes de mão-de-obra: a mão-de-obra livre, representada pelos
oficiais, e soldados do exército, capatazes e mestres de ofício; e a
mão-de-obra compulsória, representada em seu maior contingente por Indígenas
capturados oficialmente na região, seguida pelos negros africanos comprados
pelo governo da capitania. Sendo ambas propriedade do Estado, que devido ao
regime de trabalho forçado, e submetidas à exploração, mesmo com o
assalariamento, representou escravidão.
Os trabalhos distribuíram-se nos principais núcleos
de produção como pedreiras: na extração e beneficiamento das pedras naturais
(lavagem e cantariaço); nas usinas de cal: base para mistura na formação da
argamassa (cal, areia, água, argila e quanto ao elemento óleo, no se tem
comprovação da sua presença); nas olarias: que produziam tijolos e telhas; no
transporte: carreteiro, canoeiro, e remeiro; além de outros serviços
complementares ao levantamento da construção período colonial ao Brasil
Império, a Fortaleza de São José de Macapá foi ocupada e utilizada por pelotões
das respectivas guardas, portuguesa e Imperial, atendendo aos interesses
estratégicos. Porém, com o advento da Proclamação da República em 1889, e a
participação do Brasil na conjuntura Internacional da economia de mercado, a
Fortaleza gradativamente perde sua função principal e entra num processo de
total abandono, situação esta que permitiu o saque de vários objetos como
artefatos de guerra, canhões, pedras e tijolos, etc. e pelo início do nosso
século o Serviço de Sinalização Náutica do Canal Barra Norte - Marinha do
Brasil, assenta uma torre com farolete sobre o Baluarte Nossa Senhora da
Conceição, visando facilitar a navegação nesta embocadura. Muito embora,
algumas vezes a Fortaleza estivera sujeita aos serviços de capina por ordem de
intendentes do município de Macapá, mas o longo período de abandono estende-se
até 1946, quando na Fortaleza se instalou o Comando da Guarda Territorial
(policia ostensiva) órgão do recém criado Territorial Federal do Amapá (1943).
E para tal efetivação, este Comando realizou grandes serviços, como a reposição
dos telhados arruinados de quatro prédios e da Casa de Órgão; confecção em
madeira, de janelas, portas e portões, reutilizando peças originais como
dobradiças, ferrolhos e cravos, por ali encontrados sob os escombros; capina
(interna e externa), além de retirada dos arbustos dentre as pedras das
muralhas, assim como a eliminação de frondosas árvores crescidas nos
Terraplenos cujas raízes impactaram os tetos abobadados das casamatas,
provocando seríssimas; restaurações de vários pontos degradados, como a
substituição de tijoleiras dos pisos, muretas e rampas de acesso; desobstrução
dos mais aparentes Canais de Drenagem das Águas Pluviais; Confecção em madeira
das carretas que servem de bases para os canhões. Sabendo que todo este
trabalho no teve o devido acompanhamento técnico em restauração, mas é
reconhecida a competência que tiveram em realizá-lo ao buscarem aproximação com
a realidade original, representando desta forma, uma vertente do processo de
restauração.
A ocupação e utilização deste Monumento Histórico
pelo Governo do Território do Amapá, revitalizado e destacando sua importância
e o Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional - IPHAN, se interessa
procedendo o Tombamento sob o Processo nº 423/T/50, inscrição nº 269 do livro
de Tombo Histórico em 22 de março de 1950. Se tem notícias que uma comisso
nomeada pelo Governo Territorial em 08 de julho de 1950, procedeu o
levantamento e Tombamento de todos os bens da Fortaleza, embora que
contraditoriamente neste período, dentro da área do entorno ponto Oeste na
esplanada ocorreram levantamentos de prédios públicos e particulares. Enquanto
o governo aceleradamente construía a Colônia Penal do Beirol, nos arredores da
cidade de Macapá, o espaço da Fortaleza serviu provisoriamente como hospedagem
a famílias imigrantes que chegavam a Macapá, e de Cadeia Pública aos presos da
Justiça sob vigilância da guarda Territorial.
Posteriormente, o Governo cedeu o espaço para que
funcionassem também instituições como a Imprensa Oficial; o Exército,
representado no pelotão do 26º BC - Tiro de guerra 130; e para o Museu
Territorial. Transformando a Fortaleza de São José de Macapá, num centro
sociocultural e de lazer, onde se comemoravam datas cívicas nacionais e locais,
com salvas de tiros pela alvorada, desfiles escolares e festas dançantes - uma
importante referência Histórico-Social para a comunidade macapaense.Com o
Regime de Força implantado pelos militares em março de 64 no Brasil, o Governo
do Território Federal do Amapá, determinou que somente o Comando da Guarda
permanecesse na Fortaleza, quanto às demais instituições, foram transferidas
para outros prédios do Governo. Diante do Regime de Força a sociedade amapaense
testemunha o recolhimento de intelectuais e trabalhadores na Fortaleza como
presos políticos.
E neste período de ditadura militar foi permitido a
instalação do Clube Social do Circulo Militar na área de entorno imediato da
Fortaleza - ponto Leste, sobre onde originalmente foram construídas duas
Baterias Baixas. Em 1975, a Guarda Territorial e transformada em Polícia
Militar, sendo logo instalada em prédio próprio, permanecendo na Fortaleza
apenas o Pelotão da Banda de Música desta Corporação que, além das atividades
de ensaios passou a realizar um serviço de guarnição no Forte. Enquanto sua
limpeza e conservação permanecia mantida pelo Governo Territorial.
Em 1979, a Delegacia do Serviço do Patrimônio da
União - DSPU, concede a cesso da Fortaleza ao Governo do Território Federal do
Amapá, através de um Termo de Entrega para fins de preservação, neste sentido
só realizados alguns serviços emergenciais no monumento, mas sem o devido
acompanhamento técnico em restauração. Destaca-se que o Termo de Entrega
referido deveria ser ratificado em dois anos, o que no ocorreu. Mesmo assim, o
Governo do Território continuou executando os serviços visando à preservação e
a conservação do Patrimônio Histórico.
Neste período ocorre a retirada pelo Governo
Federal da torre com sinalizador náutico do Baluarte de Nossa Senhora da
Conceição, sob orientação do IPHAN. E, também, a contratação dos renomeados
arquitetos Pedro e Dora Alcântara para a elaboração do projeto de restauração
da Fortaleza de São José de Macapá, que conclui as etapas de pesquisa
iconografia e documental.
Nos anos 80, a Secretaria de Educação e Cultura do
Território Federal do Amapá, cria o Departamento de Aço Complementar - DAC,
onde a Fortaleza de São José de Macapá foi vinculada através da Seção de
Patrimônio e Arquivo Histórico. Em seguida, o DAC foi transformado em
Departamento de Cultura - DC, que destina para funcionar no espaço interno do
monumento, a Diviso Fortaleza de São José de Macapá, contemplando a Seção de
Preservação e Conservação, num reconhecimento da sua importância para a
sociedade.
Em 1989, o Governo Territorial, contratou a empresa
DPJ Arquitetos Associados, para a elaboração do Projeto de Restauração e
Revitalização da Fortaleza, com base na pesquisa realizada por Pedro e Dora
Alcântara.
Em 1990, foi entregue o projeto da área interna, e
em 1991, o projeto da área externa, trabalhos que contaram com o apoio da Secretaria
de Obras e Serviços Públicos - SOSP (atual Secretaria de Infraestrutura -
SEINF), assim como nas etapas finais, o projeto de urbanização e prospecção
arqueológica externa.
O Território Federal do Amapá transformado em
Estado com base na Constituição de 1988, tem a sua estrutura administrativa
modificada e posteriormente, o Departamento de Cultura da Secretaria de
Educação é extinto para ser criada e instalada a Fundação de Cultura do Estado
do Amapá - FUNDECAP, que mantém no seu organograma à Diviso Fortaleza de São
José de Macapá.
Texto: Hermano Araújo
– Historiador
Fonte: Agência Amapá
quarta-feira, 16 de janeiro de 2013
"CACTO GIGANTE" DA COMUNIDADE QUILOMBOLA DO CURIAÚ
Foto: Márcio Batista - Esse cacto está localizado na Comunidade do Curiaú |
A palavra "cacto" deriva, pela América, a partir do grego antigo κάκτος ( kaktos ), um nome usado originalmente para uma planta espinhosa cuja identidade não é certo. Cactos são nativas das Américas, que vão desde Patagônia , no sul de partes do oeste do Canadá , no norte, exceto para Rhipsalis baccifera , que também cresce na África e no Sri Lanka
Foto: Marcio Batista |
Segundo a moradora do imóvel ela trouxe de Macapá e plantou em seu quintal há quase 20 anos. O tamanho dessa planta chama atenção de quem passa pela Rodovia do Curiaú (AP 70).
segunda-feira, 7 de janeiro de 2013
Naufrágio do Barco Novo Amapá
foto: Edgar Rodrigues |
Há 31 anos os amapaenses recebiam as notícias de que um barco havia virado no Rio Cajari, a caminho do município de Laranjal do Jarí. Dois dias depois começavam a chegar os primeiros corpos e só aí se percebeu o tamanho da tragédia.
O Barco Novo Amapá tinha 25 metros de comprimento. Poderia transportar até meia tonelada, mas naquele dia levava quase uma tonelada entre bagagens, engradados de bebidas, dois carros e outros produtos.
Além disso, desatracou do porto de Santana com 696 passageiros a bordo. A sobrecarga e o peso mal distribuídos contribuíram para a gravidade do acidente.
“Na hora que o navio virou eu ouvi gritos de socorro, mas como estava muito escuro não era possível ver ninguém. Eu consegui nadar até a margem do rio onde já estavam outras pessoas”, conta o comerciante José Góes, um dos poucos sobreviventes do naufrágio.
A superlotação da embarcação, que tinha capacidade para transportar 400 pessoas, resultou na maior tragédia fluvial da Amazônia. Com o naufrágio do Novo Amapá, 378 pessoas morreram. Trezentas e trinta e três estão enterradas em uma cova coletiva no cemitério de Santana.
A maioria dos corpos resgatados, após o acidente, foram sepultados no Cemitério Santa Maria. Na administração existe uma placa com os nomes de 333 vítimas. A impunidade, o abandono do caso e a falta de serviços no cemitério também causam sofrimento.
Até agora ninguém foi indenizado pela morte dos familiares no acidente. Em março de 1996, o Governo do Estado sancionou uma lei para a construção de um memorial em homenagem às vítimas do naufrágio. Quase 16 anos depois nada foi feito.
Fonte: Portal Amazononia
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